Jair Messias Bolsonaro (Nascimento:Glicério, 21 de março de 1955) é um militar da reserva e político brasileiro, filiado ao Partido Social Liberal (PSL). É deputado federal desde 1991, atualmente em seu sétimo mandato, eleito pelo Partido Progressista (PP). Seu irmão Renato Bolsonaro e três de seus filhos também são políticos: Carlos Bolsonaro (vereador do Rio de Janeiro pelo PSC), Flávio Bolsonaro (deputado estadual do Rio de Janeiro pelo PSL e comandante da legenda no estado) e Eduardo Bolsonaro (deputado federal de São Paulo também pelo PSL).
Formou-se na Academia Militar das Agulhas Negras em 1977 e serviu nos grupos de artilharia de campanha e paraquedismo do Exército Brasileiro. Tornou-se conhecido do público em 1986, quando escreveu um artigo para a revista Veja criticando salários de oficiais militares, depois do qual foi preso por quinze dias apesar de receber cartas de apoio de colegas do exército; foi absolvido dois anos depois.
Bolsonaro ingressou na reserva em 1988, com o posto de capitão, e concorreu à Câmara Municipal do Rio de Janeiro naquele ano, sendo eleito como membro do Partido Democrata Cristão. Em 1990, Bolsonaro foi o candidato mais votado do estado do Rio de Janeiro para a Câmara dos Deputados, com apoio de 6% do eleitorado fluminense (464 mil votos), sendo reeleito por seis vezes. Durante seus 27 anos como congressista, Bolsonaro ficou conhecido como uma personalidade controversa, por conta de suas visões políticas populistas e de extrema-direita, que incluem a simpatia pela ditadura militar no Brasil (1964–1985) e a defesa das práticas de tortura por aquele regime.
Bolsonaro anunciou sua pré-candidatura à Presidência do Brasil em março de 2016 como membro do Partido Social Cristão. Em janeiro de 2018, no entanto, anunciou sua filiação ao Partido Social Liberal (PSL), o nono partido político de sua carreira desde que foi eleito vereador em 1989.Sua campanha presidencial foi lançada em agosto de 2018, com o general aposentado Hamilton Mourão como seu vice na chapa. Ele se apresenta como "defensor dos valores familiares".Em 7 de outubro, Bolsonaro ficou em primeiro lugar no primeiro turno das eleições presidenciais de 2018, com o candidato Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), em segundo. Os dois se enfrentarão novamente no segundo turno, em 28 de outubro.
Vida pessoal
Infância
Segundo relatos familiares, Jair Bolsonaro nasceu em Glicério, um pequeno município no noroeste do estado de São Paulo, e foi registrado dez meses depois, no dia 1º de fevereiro de 1956, na cidade de Campinas, onde morava grande parte de sua família de imigrantes italianos e alemães. Em seu registro de nascimento, todavia, sua naturalidade consta como sendo Campinas. O nome Jair foi escolhido após sugestão de um vizinho, em homenagem a Jair Rosa Pinto, meia-esquerda da Seleção Brasileira de Futebol que fazia aniversário naquele dia e jogava no Palmeiras, time pelo qual Percy Geraldo Bolsonaro, o pai, torcia. Inicialmente, chamar-se-ia apenas Messias Bolsonaro porque sua mãe, Olinda Bonturi, após uma gravidez complicada, atribuía a Deus o milagre do nascimento do filho.
Em sua infância, morou em diversas cidades do estado de São Paulo. Nos primeiros anos de vida, sua família mudou-se para Ribeira. Após alguns anos, em 1964, a família mudou-se para Jundiaí nos bairros de Vianelo e Vila Progresso. Em 1965, mudaram-se para Sete Barras. Finalmente, em 1966, mudaram-se para Eldorado, no Vale do Ribeira, onde Jair cresceu junto com seus cinco irmãos.
Genealogia
Bolsonaro é descendente de imigrantes italianos e alemães, com provável origem portuguesa mais remota também. Pelo lado materno, Bolsonaro tem ascendência integralmente italiana, e seus avós eram ambos nascidos na cidade de Luca, na Toscana. Pelo lado paterno, é bisneto de italianos do Vêneto e da Calábria, tendo também um bisavô originário de Hamburgo, na Alemanha. A grafia original do sobrenome era Bolzonaro. Segundo declaração do próprio Jair Bolsonaro, seu bisavô era alemão e foi soldado da Wehrmacht de Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial: "Ele não tinha opção: ou era soldado, ou era paredão", declarou ele. Todavia, segundo a genealogia apresentada, Carl “Carlos” Hintze, bisavô de Bolsonaro, nasceu na Alemanha por volta de 1876 e chegou ao Brasil ainda criança em 1883, cinco décadas antes do início da Segunda Guerra na Europa, portanto tinha 54 anos quando Hitler chegou ao poder e 69 anos no fim da Segunda Guerra Mundial, sem que haja nenhuma evidência que tenha deixado o Brasil nesse período. Seu bisavô alemão morreu em Campinas em 16 de março de 1969.
Casamentos e filhos
Foi casado com Rogéria Nantes Nunes Braga, a quem ajudou a eleger vereadora da capital fluminense em 1992 e 1996 e com que teve três filhos: Flávio (deputado estadual fluminense), Carlos (assim como o pai e mãe, vereador da cidade do Rio de Janeiro, o mais jovem do país) e Eduardo. De seu segundo casamento, com Ana Cristina Valle, teve Renan.
Em 2007, conheceu sua atual esposa, Michelle de Paula Firmo Reinaldo, quando ela era secretária parlamentar na Câmara dos Deputados. Nove dias após ser contratada, os dois firmaram pacto antenupcial e, dois meses depois, casaram-se no papel.Em 2013, o casal fez uma cerimônia religiosa realizada pelo pastor Silas Malafaia. Com Michelle, o deputado teve a sua primeira filha, Laura. A família mora em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Fernando Haddad ( Nascimento:São Paulo, 25 de janeiro de 1963) é um acadêmico, advogado e político brasileiro, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Foi ministro da Educação de 2005 a 2012, nos governos Lula e Dilma Rousseff, foi prefeito da cidade de São Paulo de 2013 a 2016. É professor de ciência política da Universidade de São Paulo (USP), instituição pela qual se graduou bacharel em direito, mestre em economia e doutor em filosofia.
Trabalhou como analista de investimento no Unibanco e, de 2001 até 2003, foi Subsecretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de São Paulo da administração de Marta Suplicy.[6] Integrou, ainda, o Ministério do Planejamento do Governo Lula durante a gestão de Guido Mantega (2003–2004), oportunidade na qual elaborou o projeto de lei que instituiu as Parcerias Público-Privadas (PPPs) no Brasil.
Foi nomeado como Ministro da Educação em julho de 2005 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, permanecendo no cargo até janeiro. Durante seu mandato como ministro, houve a criação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) e do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), a implementação da Universidade Aberta do Brasil e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, assim como a implementação definitiva do Programa Universidade para Todos (ProUni), criado durante a gestão anterior, e a reformulação e ampliação do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em 2012, foi eleito prefeito do município de São Paulo, vencendo no segundo turno o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), José Serra.
Em setembro de 2018, lançou sua campanha como candidato à Presidência da República nas eleições gerais no Brasil em 2018, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferir a candidatura de Lula. No primeiro turno das eleições, no dia 7 de outubro, Haddad ficou em segundo lugar, com mais de 31 milhões de votos, correspondente a cerca de 30% dos votos válidos. Haddad disputará o segundo turno contra Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), no dia 28 de outubro.
Juventude
Infância e juventude
Fernando Haddad é o segundo de uma família de três filhos. Seu pai, Khalil Haddad, emigrou do Líbano para o Brasil aos 24 anos, em 1947, vindo a estabelecer-se como comerciante atacadista de tecidos. Sua mãe, Norma Teresa Goussain, filha de libaneses nascida no Brasil, formou-se no curso de Magistério no Liceu Pasteur e atualmente presta serviços filantrópicos, ocupando atualmente a presidência do Grupo Socorrista Maria de Nazaré. Kardecista, D. Norma lia o Evangelho toda semana com Fernando e suas duas irmãs, Priscila e Lúcia, criando nas crianças o hábito da oração antes de dormir, que é mantido até hoje.
A família Haddad cultiva como referência espiritual, Cury Habib Haddad, avô paterno de Fernando, que, ao ficar viúvo, tornou-se padre da Igreja Ortodoxa Grega de Antioquia. Naquele país, destacou-se como líder na luta contra o domínio francês, no período posterior à Primeira Guerra Mundial. Morreu em 1961 no Brasil. Fernando Haddad carrega sempre na carteira a foto do avô, que ele não chegou a conhecer.
Passou a infância no bairro Planalto Paulista, onde desenvolveu a paixão pelo esporte nos campos de várzeas. Cursou a pré-escola e o Ensino Fundamental no Ateneu Ricardo Nunes, e o secundário no Colégio Bandeirantes. Em 1981 ingressou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da USP.
Durante a graduação, Fernando Haddad dividiu-se entre os estudos e o trabalho com o pai no comércio atacadista de tecidos.
Em 1988, aos 25 anos, casou-se com a dentista paulistana Ana Estela Haddad,depois de dois anos de namoro e de uma amizade mantida desde que ele tinha 17 anos. No Canadá, enquanto trabalhava na dissertação de mestrado, ela fazia estágio em Odontologia. Em 1992 nasceu o primeiro filho, Frederico, e em 2000, a filha Ana Carolina.
Formação acadêmica
Haddad em 1984, ao ser eleito presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no Largo São Francisco.
Fernando Haddad é bacharel em direito, mestre em economia (com a dissertação O caráter sócio-econômico do sistema soviético) desde 1990, e doutor em filosofia (com a tese De Marx a Habermas — O Materialismo Histórico e seu paradigma adequado, sob a orientação de Paulo Arantes) desde 1996, tendo obtido esses três graus pela Universidade de São Paulo (USP).
No final de 1985 diplomou-se em Direito e, no ano seguinte, foi aprovado no exame da OAB. Em outubro de 1986, Haddad foi selecionado para o mestrado em Economia da Universidade de São Paulo (USP), que viria a concluir em 1990, depois de passar um ano (1989) elaborando a tese como aluno visitante da Universidade McGill.
Prosseguiu a jornada acadêmica na USP cursando, entre 1991 e 1996, o doutorado em Filosofia. Nos dois níveis da pós-graduação defendeu teses de crítica ao socialismo real, adotando em ambas abordagens ancoradas na escola frankfurtiana.
Política estudantil
No terceiro ano da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no Largo São Francisco, começou a militância estudantil. Em um período de distensão da ditadura militar, que acirrava o debate político nas universidades, Fernando Haddad fez uma imersão na leitura de Karl Marx, aplicando-se à crítica ao stalinismo e também ao trotskismo, que considerava apenas uma crítica moralista ao totalitarismo.
Nessa época, conectou-se com o pensamento da Escola de Frankfurt, identificando-se com as teorias críticas de Theodor Adorno, Max Horkheimer e Herbert Marcuse.
Associou-se a militantes de fora das duas facções que se revezavam na direção do Centro Acadêmico XI de Agosto — o Partido Comunista Brasileiro, alinhado à União Soviética, e a trotskista Libelu de crítica ao regime soviético. Fernando apoiou a nova chapa que concorria ao centro acadêmico, ironicamente chamada The Pravda — escrita com a junção das logomarcas dos jornais The New York Times (EUA) e Pravda (URSS). Com a vitória, tornou-se em 1984 presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto. Na ação política, participou das passeatas e comícios do movimento Diretas Já, em favor do restabelecimento de eleições diretas para Presidente da República.