Brasília - O governo de Brasília, em parceria com as empresas que compõem o sistema de transporte coletivo do Distrito Federal, promoveram nesta quinta-feira (13), na Rodoviária do Plano Piloto, ações em apoio à campanha Outubro Rosa.
Estava prevista a colocação de um ônibus no local com pessoal para dar informações sobre o câncer de mama.
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No entanto, as mulheres que procuraram orientação no local não conseguiram informações ou foram orientadas a procurar postos de saúde.
A merendeira Ivanete Vale, 50 anos, disse que sequer sabiam dizer onde seriam realizadas as orientações.
“Eu estava passando por aqui e vi o movimento, parei. Estou atrás do tal ônibus [da campanha], mas ninguém sabe me explicar onde ele está. O que mais tem aqui é homem e mulher cheio de fitinha rosa, mas ninguém para orientar”, relatou.
Após os 40 anos, é indicado que a mulher faça a mamografia anualmente. Mas, segundo Ivanete, isso não acontece na rede pública onde, mesmo marcando o exame, a espera chega a ser de até dois anos.
“Não estou conseguindo fazer a mamografia. Você chega no hospital, marca, para te atender são dois anos. Antes, quando tinha a carreta da mulher era mais fácil”, disse.
A dona de casa Maria de Fátima, 63 anos, uma das poucas a conseguir ser atendida por enfermeiras da campanha na rodoviária, falou que foi orientada a procurar um posto de saúde.
“Eu não faço o exame há muito tempo. Tenho medo, porque dói muito. Mas vou fazer o que me orientaram, vou procurar o posto para consultar com o clínico e ele me encaminhar para fazer o exame”, disse.
Dos doze mamógrafos existentes nos hospitais públicos de Brasília, apenas quatro estão funcionando.
Segundo o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, estão em andamento contratos para a manutenção e digitalização dos aparelhos. “Esperamos ter ainda esse mês os contratos assinados para fazer a manutenção corretiva e preventiva dos mamógrafos”, disse.
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