quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Cicatrizes e ossos podem mesmo prever mudanças no tempo?


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Um estudo sugere que entre 80% e 90% das pessoas com doenças nas articulações são mais sensíveis a alterações climáticas

Cicatrizes não, mas os ossos sim, nas articulações. Ainda não se sabe exatamente como é o processo – existem estudos sobre isso, mas são inconclusivos. O médico Eduardo dos Santos Paiva, membro da Sociedade Brasileira de Reumatologia, ressalta a falta de comprovação científica, mas lembra que “A maioria dos autores concorda que uma pessoa com doença reumática pode ser sensível a variações do tempo, embora o elemento que causa a piora da dor varie de paciente para paciente”. Segundo ele, devido a esse fator, as medicações dos pacientes às vezes precisam ser aumentadas no período de maior frio.

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COLOCANDO PRESSÃO

As dores estão relacionadas, de alguma forma, ao aumento da umidade do ar (indicador de chuva), que provoca quedas na pressão atmosférica. De acordo com um estudo da Sociedade Americana de Meteorologia, 73% dos pacientes expostos a essa combinação disseram sentir uma piora nas dores

ONDE DÓI?

Mas não basta o tempo ficar úmido. Quem alega sentir no corpo as mudanças climáticas geralmente sofre de alguma doença nas articulações, e não nos ossos, como inflamações (artrite) ou degenerações (artrose). Um estudo sugere que entre 80% e 90% desses pacientes são mais sensíveis a alterações climáticas

ARTICULANDO-SE

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Ao estudar quadris de cadáveres em 1990, o especialista em ortopedia Hans Wingstrand notou que a pressão dentro das articulações é menor do que a atmosférica. Quando esta última cai e as duas se equalizam, a pressão intra-articular leva ao desalinhamento das juntas do quadril em 8 mm – talvez o mesmo aconteça com as demais articulações. Já a temperatura pode causar um espessamento do líquido encontrado nas cavidades articulares, provocando dores

OUTROS PROBLEMAS

Também há estudos que relacionam mudanças climáticas a outros problemas de saúde. Kazuhito Kimoto, do Hospital Universitário de Dokkyo, no Japão, encontrou relação entre a queda da pressão do ar e o aumento de dores de cabeça. Também há diversos estudos comprovando maior incidência de infartos nas estações mais frias do ano. Nessa época também os cabelos ficam mais quebradiços, as unhas se tornam mais fracas etc.

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