quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Piloto português que aterrissou em mar de gente responde à Justiça

Guardas portugueses checam o Cessna que aterrissou na praia de Caparica em 2 de agosto de 2017 matando duas pessoas

Um acidente inusitado provocou duas mortes ontem em Portugal.


Ouça as comunicações de emergência de avião




Um Cessna de dois lugares aterrissou na tarde de ontem na praia de Caparica, em Almada, atropelando mortalmente uma criança de oito anos e um homem de 56. O acidente já foi qualificado como "inédito" pelas autoridades locais.
O piloto e o copiloto da avioneta saíram ilesos, informa o Público, e já foram ouvidos pela Polícia Marítima sobre os motivos do acidente. Hoje, eles vão ser interrogados pelo Ministério Público.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) portuguesa confirmou o início do inquérito. De acordo com o Expresso, se trata de dois processos, um de natureza judicial e outro de natureza técnica, levado a cabo este último pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários.
A aeronave, fabricada em 1978, pertence ao aeroclube de Torres Vedras e estava há vários anos emprestada à escola de aviação G-Air.
"Mayday, mayday, mayday. Falha do motor, vou aterrar na praia", disse o piloto em comunicação de emergência à torre de controle de Cascais.
Para o advogado Melo Alves, citado pelo Público, o piloto pode vir a ser acusado de homicídio por negligência se não conseguir demonstrar que não tinha outra opção senão aterrissar em um mar de pessoas.

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