Parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) consideraram que o presidente Michel Temer saiu enfraquecido da votação realizada hoje na Câmara dos Deputados, apesar de a maioria da Casa ter decidido rejeitar a admissibilidade da denúncia feita contra o chefe de Estado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Graças ao apoio de 263 deputados, o presidente escapou de ser processado no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de corrupção passiva. No entanto, na votação, realizada nesta quarta-feira no plenário da Câmara, 227 parlamentares votaram a favor do avanço do processo, incluindo todos os deputados do PT.
De acordo com os petistas, a votação que garantiu a permanência de Temer no poder foi marcada pela compra aberta de votos, por meio de emendas parlamentares, projetos de leis e cargos. Segundo eles, embora o peemedebista tenha conseguido sair vitorioso dessa disputa, outras denúncias devem surgir em breve e dificultar ainda mais o seu governo.
"Os deputados que ainda apoiam o Temer estão envergonhados. Sabem que estão ao lado de um governo podre, corrupto, ilegítimo e rejeitado pela maioria da população", afirmou Zeca Dirceu (PT-PR), que defende a saída do atual presidente.
Segundo Afonso Florence (PT-BA), as provas existentes Michel Temer são robustas e, por isso, ele precisa ser investigado. Para ele, no entanto, a substituição do atual mandatário pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o primeiro na linha de sucessão, também não é uma alternativa interessante.
"Fora, Temer. Diretas já", defendeu Florence.
Resumindo o pensamento de muitos colegas, Paulo Pimenta (PT-RS), de acordo com a Agência PT de Notícias, descreveu a votação desta quarta-feira como sendo apenas uma batalha e disse que a expectativa é por outras denúncias, "outras propostas de investigação".
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