sexta-feira, 18 de agosto de 2017
Em ritmo de campanha: Lula inicia caravana de 4 mil km pelo Nordeste
Em ritmo de campanha para o Palácio do Planalto, o ex-presidente Lula iniciou nesta quinta-feira (17), em Salvador (BA), uma caravana pelo Nordeste que irá percorrer 4 mil quilômetros até o dia 5 de setembro. O ponto final é São Luís (MA).
"Vai ser uma rica atualização e encontro do presidente Lula com o povo que tanto gosta dele e tem tanta memória positiva do tempo que ele foi presidente", disse o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil.
Entre 1993 e 1996, Lula participou das "Caravanas da Cidadania" e visitou 359 cidades de 26 estados.
Já a caravana atual pretende visitar 25 cidades nos nove Estados do Nordeste.
Hoje, entretanto, o cenário é bem diferente para o petista. Em 1993, Lula já havia sido derrotado no segundo turno das eleições presidenciais para Fernando Collor de Mello. Hoje, Lula cumpriu dois mandatos como chefe do Executivo e foi condenado pelo juiz Sergio Moro a mais de nove anos de prisão por ser o dono oculto de um apartamento triplex no Guarujá, no litoral de São Paulo.
Mesmo com a condenação, Lula segue como o favorito para as eleições de 2018. Segundo pesquisa do DataPoder360 realizada com 2.088 pessoas entre 12 a 14 de agosto, o ex-presidente é líder nos cenários em que disputa o pleito, com o segundo lugar ocupado pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
Entretanto, caso o Tribunal Regional Federal da 4ª Região — responsável pela Lava Jato na segunda instância — confirme a sentença de Moro, Lula pode ser impedido de concorrer. Nos bastidores, há especulação que o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, pode substituir Lula na chapa presidenciável. Ainda assim, Paulo Teixeira nega essa possibilidade:
"Nossa opção A, B, C e D é o presidente Lula. Então a gente não discute uma alternativa a ele — ainda que o Haddad seja um quadro da primeira grandeza", diz Teixeira.
O deputado federal pelo PT também acredita que as sentenças serão revertidas e que Moro é um "juiz político".
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