terça-feira, 1 de agosto de 2017

Operação militar no Rio entra em nova etapa

Tropas do Exército patrulham na Linha Vermelha após o início da operação de reforço das Forças Armadas na segurança do Rio de Janeiro
Depois de três dias de atuação no Rio, a atuação das forças de segurança entrou nesta segunda-feira (31) em uma nova fase. O porta-voz do Comando Militar do Leste, Coronel Roberto Itamar, conversou com exclusividade com a redação e contou os detalhes da operação das Forças Armadas no Rio de Janeiro.
Depois de três dias de atuação no Rio, na Região Metropolitana e na Baixada Fluminense, a atuação das forças de segurança no combate às organizações criminosas do estado entrou nesta segunda-feira (31) em uma nova fase.
Ao todo a ação de reforço federal no combate à criminalidade no Rio conta com 8,5 mil homens das Forças Armadas, 620 da Força Nacional, 380 da Polícia Rodoviária Federal e mais 740 policiais rodoviários federais locais.
A redação conversou com exclusividade sobre essa nova etapa com o porta-voz do Comando Militar do Leste, Coronel Roberto Itamar.
Segundo o Coronel Roberto Itamar, a primeira fase da ação dos militares nas ruas nos últimos três dias foi a de ambientação e coleta de dados nas áreas mais atingidas pela criminalidade, que vão ajudar a preparar ações futuras. Como parte da nova fase que se iniciou nesta segunda-feira (31), está a redução do efetivo do Exército nas ruas, como na orla da zona Sul e no Centro do Rio.
"A operação começou na última sexta-feira e vai, segundo o decreto até o dia 31 de dezembro desse ano […] O que aconteceu nessa primeira fase [da operação] foi um reconhecimento, uma adaptação ao terreno, uma ambientação, com levantamento de dados necessários às operações futuras, estabelecimento de ligações com os órgãos de segurança pública de forma a preparar outras operações que virão", disse. 
"A partir de hoje iniciamos a fase de planejamento, consolidando esses dados, trabalhando esses dados coletados pra que possam ser montadas outras operações com eficácia e eficiência no combate ao crime organizado na cidade do Rio de Janeiro", acrescentou. 
De acordo com Itamar, os 8,5 mil homens das Forças Armadas vão continuar à disposição para entrar em ação a qualquer momento em novas operações surpresas no Rio.
"A população não deve esperar a presença continuada do patrulhamento ostensivo, porque esse foi um modelo utilizado nas Olimpíadas, em eventos passados, que tinha como objetivo transmitir segurança ao evento", explicou.
"Para essa nova estratégia do governo federal, em parceria com o governo estadual e municipal, a ideia é que seja uma operação longa de tempo, mas constituída de ações bem planejadas com base na inteligência e na integração de esforços, possa atingir resultados que não sejam temporárias", concluiu o porta-voz.

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