quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Trio convocado para seleção vibra com chance, mas pede mais apoio

Matheus Urenha / A Cidade


Maria Eduarda tem 14 anos e, apesar do seu bom desempenho na oitava série do Ensino Fundamental da escola Cid de Oliveira Leite, é na quadra que ela mostra o seu talento.
Há três anos, a ribeirão-pretana descobriu o basquete – e não demorou para a ala/armadora se tornar uma das promessas da modalidade no Estado.
Ao lado das pivôs Melissa e Bianca Alves, ela vai representar Ribeirão Preto, a partir de novembro, em treinos e amistosos com as outras 20 jogadoras que foram pré-convocadas para defender a Seleção Brasileira Escolar Sub-14 no Campeonato Sul-Americano, que será realizado no Uruguai em fevereiro de 2016.
Com o sonho de vestir a camisa brasileira, Eduarda reclama da falta de apoio aos esportes considerados amadores em Ribeirão Preto. “Nós temos uma dificuldade enorme, só temos o apoio dele [Décio Assis, treinador da APAB/Barretos]. Nós pedimos quadra, ninguém dá, falta confiança... Aqui, é cada uma por si, todas pelo Décio e o Décio por todas”, conta.
O técnico Décio Assis, faz coro com Eduarda. “Se não houvesse essa parceria, ficaríamos com três meninas deste nível paradas”, comenta o treinador.
As atletas, que atuam pela APAB/Barretos, no Campeonato Paulista Sub-14, foram observadas por membros da CBB (Confederação Brasileira de Basquete) em parceria com o COB (Comitê Olímpico do Brasil) durante a disputa dos Jogos Escolares de Fortaleza, entre os dias 4 e 12 deste mês.
Quando a pré-convocação chegou, a pivô Melissa não escondeu a alegria e também uma pontinha de esperança. “Era um sonho chegar lá [na seleção]. Talvez agora alguém nos ajude”, torce a atleta.
Ribeirão oferece aulas gratuitas desde 2013
E é com o objetivo de revelar novos talentos e fomentar a prática esportiva que o projeto “Arremessando para a Vida” foi criado em 2013 – uma parceria entre a Prefeitura de Ribeirão Preto, o Governo do Estado de São Paulo e a Abec (Associação de Basquete, Esporte e Cultura).
Atualmente, cerca de 280 meninas de 9 a 14 anos são beneficiadas com aulas gratuitas da modalidade. 
De acordo o técnico do time de basquete feminino ribeirão-pretano da Recreativa/ABEC/SME, Márcio Marolo, Ribeirão vem, sim, promovendo e expandido o esporte no Estado. Marolo explica que a dupla formada por Maria Eduarda e Bianca Alves, por exemplo, deu os primeiros passos no projeto, mas optou por seguir outro caminho.
“Dentro das condições a prefeitura vem ajudando – não existe a obrigação de manter muitos projetos, basta se enquadrar naquilo que existe. A Bianca e a Maria Eduarda começaram com a gente, mas foram levadas para um outro projeto pelo Décio [Assis], são filosofias diferentes.”

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