O colesterol é uma gordura presente na
composição de todas as células do nosso corpo e circula através dos vasos
sanguíneos sendo extremamente necessário para a manutenção da vida. Uma grande
parte é fabricado pelo próprio organismo, mas a ingestão de alimentos ricos em
gordura de origem animal é responsável pelo aumento do colesterol e suas conseqüências
graves. Para entendermos melhor os danos causados, temos que conhecer os dois
tipos de colesterol - o “bom” e o “ruim”. O “ruim” se
deposita na parede dos vasos arteriais formando placas de gordura que podem
crescer e gerar uma obstrução á passagem do sangue. O colesterol “bom” retira o “ruim” da parede do vaso, limpando e impedindo a formação de placas
e obstruções.
Durante nossa vida,
ao envelhecermos, as gorduras vão se depositando em todas as artérias, esse
processo é conhecido por aterosclerose.
Se não houver um nível adequado de colesterol no organismo, essas placas de
gordura crescem e podem interromper o fluxo de sangue para o coração e o cérebro,
resultando em complicações terríveis como o acidente vascular cerebral e o infarto
do miocárdio, isto é, a morte das células do cérebro ou do coração por
falta de oxigênio.
Quando as artérias
entopem, gradualmente, podemos ter uma dor no tórax típica em aperto, conhecida
como “angina do peito”, que tem
duração de minutos, aparece geralmente durante um esforço físico e melhora com
o repouso. Às vezes, uma placa de gordura sofre um rompimento com obstrução
súbita da artéria, estaremos aí em uma situação de emergência caracterizada
como “infarto agudo do miocárdio” com
dor intensa no peito, em aperto, que pode ter irradiação para o braço esquerdo,
cotovelo, ombro, pescoço ou costas com sensação de morte.
Existem ainda algumas
particularidades. Certas pessoas que estão com as artérias do coração obstruídas,
não referem à dor no peito e sim outras queixas como sensação de aperto, peso,
queimação, sufocação, indigestão ou desconforto. Os diabéticos podem sofrer um
infarto sem apresentar a dor, mas referindo enjôo, desconforto no estomago ou
no peito, suor frio e abundante, náuseas e vômitos. Os idosos também podem ter
infarto sem dor, somente com uma sensação desconfortável no tórax.
Estudos realizados,
para detectar indivíduos com maiores chances de sofrerem um infarto, apontam
para os do sexo masculino; aqueles que possuem infarto na família nos parentes em
primeiro grau, com idade mais jovem; os que têm alterações no colesterol; os
portadores de diabetes; os hipertensos; os sedentários; os tabagistas; os que
apresentam obesidade localizada no abdome e cintura; aqueles que ingerem pouca
quantidade de frutas e legumes e os que consomem excesso de álcool.
As medidas preventivas que diminuem a formação e a progressão das placas de gordura depositadas nos vasos são: a prática de exercícios físicos regulares, a dieta com pouca gordura de origem animal, ingestão de vegetais e frutas diariamente e o abandono dos maus hábitos como o sedentarismo, tabagismo e o etilismo. Podemos considerar ainda como benéfica a utilização de pouca quantidade de sal nos alimentos e o controle eficiente de doenças como diabete, distúrbios do colesterol, hipertensão e obesidade.
As medidas preventivas que diminuem a formação e a progressão das placas de gordura depositadas nos vasos são: a prática de exercícios físicos regulares, a dieta com pouca gordura de origem animal, ingestão de vegetais e frutas diariamente e o abandono dos maus hábitos como o sedentarismo, tabagismo e o etilismo. Podemos considerar ainda como benéfica a utilização de pouca quantidade de sal nos alimentos e o controle eficiente de doenças como diabete, distúrbios do colesterol, hipertensão e obesidade.
O uso de
medicamentos e procedimentos cirúrgicos avançados para evitar o infarto não devem
substituir as medidas de prevenção. As nossas atitudes são fundamentais para a manutenção
da saúde e da qualidade de vida que desejamos. Sócrates, filósofo que viveu na
antiguidade por volta dos anos 470 a.C., já dizia em relação ao comportamento humano...
“Se
alguém procura a saúde, pergunta-lhe primeiro se está disposto a evitar no
futuro as causas da doença; em caso contrário, abstém-te de o ajudar”.
Dra Diva
Leonor Monteiro, especialista em clínica geral pela Sociedade Brasileira de
Clínica Médica
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