terça-feira, 16 de agosto de 2016

Havelange deixou COI após escândalo, mas antes ajudou Rio a sediar Jogos



oão Havelange, ex-presidente da Fifa que morreu nesta terça-feira aos 100 anos, foi membro do COI (Comitê Olímpico Internacional) por quase cinquenta anos e encabeçou a campanha para que o Rio de Janeiro recebesse os Jogos Olímpicos de 2016. Apesar dos 48 anos de influência no órgão, o carioca deixou a entidade em 2011 em meio a um escândalo de corrupção.

Além do cargo no Comitê Executivo do COI, Havelange acumulou o título de presidente da Fifa a partir de 1974, quando foi eleito como maior dirigente da entidade do futebol. Foi por conta de atitudes na Fifa que o brasileiro se tornou alvo de investigações internacionais - antes, ele já havia recebido acusações de desvio de dinheiro no comando da antiga CBD (Confederação Brasileira de Desportos).

O brasileiro foi acusado de receber US$ 1 milhão de propina da então empresa de marketing esportivo ISL, já extinta, que era a agência de marketing da Fifa.

Diante das acusações, o Comitê Olímpico Internacional decidiu abrir investigação via Comitê de Ética. 

Havelange acabaria expulso da entidade, mas decidiu renunciar e assim o COI encerrou o caso. Em sua carta de renúncia, João Havelange alegou problemas de saúde e nunca mais tratou do assunto até a sua morte.

Figura importante para candidatura olímpica do Rio


Havelange foi um dos principais nomes da para que o Rio de Janeiro fosse candidato à cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2016 e foi o primeiro a discursar na reunião após a cidade ser eleita, em 2009. "Queria convidar a todos a uma Olimpíada em minha cidade no ano de meu centésimo aniversário", disse Havelange na época.

Apesar de sua influência para que a cidade recebesse as competições em 2016, não compareceu à cerimônia de abertura e descartou participar de qualquer evento relacionado aos Jogos. 

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