A ginasta brasileira Rebeca Andrade, de apenas 17 anos, promete surpreender o público e os árbitros durante a Olimpíada do Rio em sua apresentação no solo. A jovem prepara um movimento inédito na história da modalidade. Para tudo dar certo, tem treinado à exaustão e o realizou no treino de pódio - espécie de ensaio geral - , que ocorreu na tarde desta quinta-feira na arena olímpica.
Se tiver sucesso na execução, batizará o movimento com seu sobrenome, a exemplo do que já fizeram atletas consagrados do país como Arthur Zanetti, Diego Hypolito, Sergio Sasaki e Daiane dos Santos.
O movimento a ser executado por Rebeca é a evolução de um já existente, chamado Tsukahara. Nele o ginasta faz um mortal e finaliza com uma pirueta. Ela quer acrescentar mais uma meia volta.
"Tenho acertado bastante nos treinos e deu certo aqui no treino de pódio. Mas por não ser na competição, ainda não vale para dar meu nome. Só na hora mesmo", disse a ginasta ao UOL Esporte.
"Não é um movimento que repito tanto para não me machucar. Mas tem tudo ido bem nos treinos", completou.
O objetivo de Rebeca é usar o movimento apenas na final individual geral e na final por aparelho, caso consiga a vaga nas provas que valerão medalha. Nas classificatórias, que serão realizadas no domingo, e serão fundamentais para a classificação da equipe à decisão, não ousará.
"Como o objetivo é conseguir a vaga na final, não arriscarei. Mas depois farei sim. Isso se me classificar (risos)", disse Rebeca.
Em sua apresentação no solo, Rebeca usará um mix de músicas de Beyoncé. A trilha faz parte de seus treinamentos há pouco mais de dois anos, mas foi pouco utilizada em competições oficiais. Até hoje, em apenas três.
Isso porque a ginasta ficou um longo tempo fora de ação em virtude uma operação no joelho direito que teve de ser submetida em julho do ano passado e provocou seu corte do Pan de Toronto. O retorno à competição só aconteceu no começo de 2016.
"Estou confiante que dará tudo certo", afirmou a ginasta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário