terça-feira, 10 de novembro de 2015

Cidades buscam opção para água do rio Doce



Contaminação por lama de barragens rompidas em Mariana compromete abastecimento em Minas Gerais e Espírito Santo


Depois de Minas Gerais, onde 500 mil moradores tiveram abastecimento prejudicado pelo rompimento de duas barragens há cinco dias, cidades do norte do Espírito Santo buscam alternativas à água do rio Doce, contaminada pela lama misturada a rejeitos de minério de ferro.
Aulas foram suspensas em Baixo Guandu e Colatina, onde a água passou a ser fornecida pelo município vizinho de Linhares.
O problema é que essa terceira cidade, também fica às margens do rio Doce, em sua saída ao mar.
Para reduzir o risco de contaminações, a Prefeitura de Linhares aumentou para 20 metros de largura e outros 2 metros de altura a barragem do rio Pequeno, afluente do rio Doce e seu principal ponto de abastecimento, para que ele não seja contaminado.
O prefeito de Colatina, Leonardo Deptulski, estima mínimo de 48 horas sem captar água do rio Doce, com base no que já ocorre em Governador Valadares (MG).
O governo do Espírito Santo lançou campanha de doação de água mineral às três cidades, que somam 250 mil habitantes.
Embargo
O governo de Minas Gerais embargou a licença da mineradora Samarco, dona das barragens.
A empresa fica proibida de processar minério de ferro na barragem Germano, que segue intacta, e tem permissão apenas para ações emergenciais, "aquelas voltadas para minimizar o impacto do rompimento das barragens e prevenir novos danos".
3ª vítima reconhecida
A família reconheceu Valdemir Aparecido como a 3ª vítima da tragédia, embora o Estado não o tenha identificado formalmente.
O corpo estava a 100 km das barragens em rio Doce.
Também morreram Cláudio Fiuza, 40, e Sileno Narkievicius, 47. Todos trabalhavam na mineradora ou em firmas terceirizadas. Um 4º corpo, encontrado a 70 km das barragens aguardava identificação, e mais 23 pessoas permaneciam desaparecidas.

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