quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Cunha e a cartilha do PT, puro desdém à política



O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), está definitivamente numa corda bamba.
Mais para cair, do que para se sustentar.
A bancada do PSDB na Casa, finalmente, divulgou que não apoia o parlamentar e que pedirá o seu afastamento da presidência, e dos 21 deputados da Comissão de Ética, 16 disseram ao O Globo que as declarações de Cunha sobre suas contas em bancos suíços, não os convenceram.
Para completar, Felipe Diniz, filho do deputado falecido Fernando Diniz, ex-líder do PMDB na Câmara Federal, negou à Procuradoria Geral da República a versão de Cunha para explicar o depósito de 1,3 milhão de francos suíços em uma dessas contas.
Segundo Felipe, ele nunca depositou ou mandou quem quer que seja fazer depósito em conta de Cunha, no Brasil ou na Suíça.
O deputado desdenhou, ontem, do depoimento de Felipe.
Disse à imprensa que não está preocupado com isso.
Na verdade, Eduardo Cunha anda desdenhando da seriedade política faz tempo.
E como se não bastasse Eduardo Cunha a fazer pouco caso da inteligência do eleitor brasileiro, a direção nacional do PT distribui, a partir de hoje, cartilhas onde diz que o Ministério Público, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal e setores da imprensa criaram a Lava Jato para eliminar a sigla da vida política brasileira.
Segundo a cartilha petista, Lula e o PT têm sido perseguidos e criminalizados em campanhas ‘mentirosas’ pelos quatro cantos do país.
Um dos trechos do documento de 34 páginas:
"A maneira sistemática, violenta e insultuosa com que estas mentiras vêm sendo difundidas não deixa dúvidas quanto aos objetivos de seus mentores: querem eliminar Lula e o PT da cena política brasileira, temendo sofrer a quinta derrota consecutiva nas eleições de 2018. Mentem sob a proteção da toga, nos mais altos tribunais, afrontando a consciência jurídica da Nação em rede nacional de TV. Mentem sob a impunidade parlamentar, disseminando o ódio nas redes sociais. Mentem sob a proteção da autonomia funcional, forjando procedimentos investigatórios sem base alguma, apenas para produzir manchetes. Mentem sob a proteção do anonimato covarde, contrabandeando para a mídia dados parciais e manipulados por meio de vazamentos criminosos".
Pra variar, o PT não sai do palanque eleitoral.
Quando não é o tal terceiro turno da eleição de 2014, é a disputa de 2018 com Lula já candidato.
A propósito, Eduardo Cunha ainda acredita na guarida que supostamente o Planalto e o PT lhe prometeram para continuar com o mandato e a presidência da Câmara dos Deputados.
É aguardar, pra ver, um e outro.

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