quarta-feira, 11 de novembro de 2015

MACAU: A CHINA QUE FALA PORTUGUÊS!




A nossa entrada na China não foi assim tão impactante, pois começamos por Macau, uma cidade que, assim como o Brasil, foi colonizada por PORTUGUESES! Habitantes que falem de fato o português são raros de encontrar, e hoje estima-se que apenas 5% da população saiba falar o idioma. No entanto, na parte escrita o português é algo bem comum por lá.




Esta influência portuguesa se reflete em muita coisa na cidade, seja nas placas de sinalização (a maioria escrita em português também), na comida com influência ocidental (tinha até o típico pastelzinho de Belém!), na arquitetura do centro histórico que parece muito européia e até nas muitas Igrejas (Católicas) espalhadas pelo local, o que é bem incomum... afinal estamos na China, e lá nem de longe o catolicismo é a principal religião!

 Igreja Católicas (Acima: Catedral / Abaixo: Igreja de Sto. Agostinho)

Centro Histórico de Macau foi declarado pela UNESCO em 2006 como Patrimônio Mundial. Esta área se localiza no sudoeste da península de Macau, e pode ser facilmente percorrida a pé, pois os trechos não são muito longos, e o passeio é bem agradável e bem sinalizado. 

Este centro histórico é considerado como “intercâmbio cultural” entre oriente e ocidente, ao longo dos seus 400 anos de colonização Portuguesa, sendo atualmente o mais antigo, completo e consolidado conjunto arquitetônico intacto e de raiz européia em solo chinês.


Tem coisa mais portuguesa do que os "pastéizinhos de Belém"? Facinho de encontrar por lá!

Macau fica pertinho de Hong Kong, outra China que não tem tanta cara de China, por causa da colonização inglesa/britânica. Inclusive para estes exatos 2 locais na China, não precisa tirar VISTO de entrada, pois são considerados zonas administrativas especiais, com algumas leis e moeda diferente do resto da China. A maioria vai até Macau como um “bate-e-volta” de um dia, partindo de Hong Kong. No nosso caso optamos por entrar por Macau, dormir lá um dia, e depois ir para Hong Kong.

3 vantagens de passar o dia (e dormir) em Macau:
você gasta menos tempo e dinheiro, pois só terá que pegar o ferry até Hong Kong uma única vez, ao invés de 2x como seria em um bate volta (economiza 1h ou mais de deslocamento e entre 150 à 180 dólares de Hong Kong, que equivale a R$43 - 52,00). Mais info neste site

possibilidade de visitar de noite os diversos cassinos da região (o maior DO MUNDO se encontra lá!), e voltar tarde para o hotel para dormir, aproveitando e conhecendo também esta parte da cidade.

a passagem aérea pode ser bem mais barata do que até Hong Kong, o que foi nosso caso. Aproveitamos uma promoção- U$60 de Kuala Lumpur até lá, pela fantástica Air Asia, que tem muitos precinhos camaradas na região e faz a alegria do viajante!)


Como ficamos só um dia, não deu para visitar bairros mais afastados e típicos da cidade, para ver como é o dia-a-dia dos locais. Essa parte mais turística que visitamos é toda ligada a esta questão “cultural” portuguesa, então se ficar andando só por ali não parece que está na China mesmo, embora quase 100% das pessoas que circulam por lá são chineses (ou orientais em geral), inclusive os turistas.

Como dá para notar, quase 100% nas ruas são Chineses!

A cidade tem poucos hotéis, sendo a maioria deles é de alto padrão, 4 ou até 5 estrelas, e não tem opções de Hostels, albergues e afins (pelo menos não achei). Os hotéis são caros para o padrão sudeste asiático (em torno de R$30) porém com preço igual ao de um quarto com mais de 6m2 em Hong Kong, ou similar a um hotel 2-3 estrelas na Europa. A diária por lá fica em torno de 80 à 100 dólares americanos (ou mais, dependendo do local).

Ficamos em um hotel 3 estrelas da rede Best Western, bem localizado para quem quer visitar os cassinos à noite, o que era nosso caso (mas acabamos não indo porque ao final do dia o marido ficou com febre, e estava muito frio). O hotel fica na ilha de Taipa, a ilha ao sul de Macau (e também onde fica o aeroporto e um dos terminais de ferry).

Indicação Hotel: Best Western Hotel Taipa Macau 
A pontuação do hotel no www.booking.com está meio baixa, mas achamos o lugar bem satisfatório, com um quarto enorme bem decorado e limpinho, novo, e com bom atendimento, além de ter ponto de ônibus na quadra ao lado, que levava até a ilha norte na parte do centro histórico.

Fachada Hotel
Hall
Quarto (cama)
Quarto (área de trabalho)
DICA: os taxistas de lá em geral não entendem quase nada de inglês, mas possuem uma tabela com o nome equivalente de cada hotel em chinês. Mostre o nome do hotel por escrito, que ele vai achar o nome em chinês e o respectivo endereço. No nosso caso ele não achava, porque aparentemente o hotel não está indicado como Best Western, mas sim como Hotel Taipa Macau, ou algo assim. Se possível, imprima e leve a foto da fachada, isso pode ajudar se houver dúvida. #ficaadica ;-)


O curioso da cidade é justamente este enfoque ocidental, de resto não aparenta ter grandes atrativos, pois fora da área turística e histórica é somente residencial, e pelo que vimos (do alto da Fortaleza) a cidade não é muito bonita não. Parece bem espremida, pobre e com construções envelhecidas. Vale o passeio? Sim, se você deseja sentir este gostinho diferente em solo chinês (ou ir aos cassinos), caso contrário se foque em mais dias em Hong Kong mesmo, que é bem maior e tem mais coisas para ver e fazer.


Meio feinha esta parte residencial e comercial da cidade não? (vista do alto da Fortaleza)


Um pouquinho da Macau Portuguesa/Européia:




Influência católica na entrada da Fortaleza (lembrou muito o Castelo de São Jorge, em Lisboa)
ACIMA: Placa na entrada da Fortaleza, que outrora tinha função de defesa


E fotos de Macau com cara de China mesmo: ;-)










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