sexta-feira, 13 de novembro de 2015

TAP com novos aviões e voos low-cost


Novo dono da TAP, David Neeleman

Os novos donos da TAP querem implementar o serviço low-cost nos voos regulares. O anúncio foi feito esta sexta-feira por David Neeleman durante a reunião com os trabalhadores da empresa. David Neeleman defendeu que as companhias 'low cost' são o maior desafio, revelando que o plano é ter tarifas baixas para "quem quiser viajar atrás e mais apertado". 

"Talvez o maior desafio sejam as companhias aéreas 'low cost'. Passei pelo Porto no outro dia e fiquei assustado com oito aeronaves da Ryanair e mais quatro da easyJet. Não podemos desistir. Temos que nos tornar mais competitivos", afirmou o empresário num encontro com trabalhadores da TAP, a decorrer nas instalações da empresa em Lisboa. Segundo o empresário, o plano é segmentar: "Vamos ter uma tarifa de 39 euros, mas o passageiro vai sentar-se atrás e pagar pela bagagem", isto é, "vai ser Ryanair com uma frequência de cinco vezes por dia, em vez de uma".

Mais de 50 novos aviões David Neeleman anunciou a encomenda à Airbus de 53 aviões Widebody e de corredor único, onde se incluem 14 A330-900neo e 39 A320neo (15 A320neos e 24 A321neos). Estes aviões fazem parte da renovação de frota anunciada pelo consórcio Atlantic Gateway. Como parte do acordo, a TAP substitui a encomenda anteriormente feita de 12 A350-900s pelos A330-900neo. CGTP-IN acusa Governo de exorbitar funções O secretário-geral da CGTP-IN acusou esta sexta-feira o Governo de "exorbitar competências e abrir um conflito institucional" ao concretizar a privatização da TAP, apelando à intervenção do chefe de Estado. 

"Este governo exorbitou as suas competências, este Governo abriu um conflito institucional, este Governo pôs em causa, inclusive, a instituição Presidência da República", afirmou o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, em declarações aos jornalistas no final de uma audiência com Presidente da República, que desde quinta-feira está a ouvir os parceiros sociais sobre a situação política. Admitindo ter falado sobre este assunto com o chefe de Estado durante a audiência, Arménio Carlos defendeu que, "neste quadro de confronto institucional", Cavaco Silva deve "pronunciar-se sobre o assunto, deve refletir e decidir aquilo que muito bem entender".

 "O dinheiro está a chegar ao banco hoje" O empresário David Neeleman afirmou esta sexta-feira que os cerca de 150 milhões de euros que o consórcio tinha que pagar no fecho da compra "está a chegar ao banco hoje", revelando que receava pela falência da companhia. "O dinheiro está a chegar ao banco hoje. Vamos ter dinheiro para começar a fazer as coisas que temos para fazer", revelou um dos novos donos da TAP no encontro com os trabalhadores do grupo, referindo-se aos cerca de 150 milhões de euros previstos no plano de capitalização.

 David Neeleman contou que há três dias tinha a preocupação que acontecesse à TAP o mesmo que aconteceu à transportadora aérea da Estónia, que declarou falência depois de a Comissão Europeia ter exigido o reembolso de 91 milhões de euros que a empresa recebeu do Estado. "Se o Governo colocasse um centavo nesta empresa [TAP] ia começar a investigação [da Comissão Europeia]", afirmou o dono da Azul, aludindo às dificuldades de tesouraria invocadas pelo Governo para fazer a transferência das ações para o consórcio Gateway. 

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