Avião que foi alvejado no ar por caça da FAB em Japorã, no Mato Grosso do Sul, viajou até o aeroporto de Paranavaí, no noroeste do Paraná; Polícia suspeita de tráfico e contrabando
A Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou que encontrou o avião monomotor que foi perseguido o último sábado (24) na região do município de Japorã, Mato Grosso do Sul. A aeronave foi localizada no aeroporto de Paranavaí, no noroeste do Paraná, às 10h desta segunda-feira.
Segundo o delegado Carlos Henrique Rossato, da Polícia Civil de Paranavaí, o monomotor foi alvo de tiros após interceptação por um caça da FAB. O ataque ocorreu no último sábado (24), durante uma operação rotineira de policiamento do espaço aéreo. De acordo com a Aeronáutica, a interceptação seguiu os passos previstos no decreto nº 5.144, de 16/07/2004, inclusive o tiro de detenção, que é o último recurso e visa forçar o pouso.
Segundo a Força Aérea, as ações foram adotadas por se tratar de uma aeronave suspeita de tráfico de drogas que desobedeceu todas as orientações feitas pela defesa aeroespacial brasileira. O avião possuía apenas um banco em seu interior, o que indica que estava sendo usado ou para tráfico de drogas ou para contrabando.
O caso será investigado pela Polícia Federal, já que se trata de crime transnacional.
No último sábado (24), um avião foi interceptado no último sábado (24) na região do município de Japorã, Mato Grosso do Sul, por uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). A Aeronáutica não confirmava se atirou ou não no avião, mas em um vídeo divulgado por um cinegrafista amador é possível ouvir tiros durante a perseguição.
A Aeronáutica confirmou que o avião evadiu-se pela fronteira com o Paraguai, que fica próxima à cidade. Segundo nota divulgada pela Aeronáutica, a aeronave estava em uma rota conhecida por ser utilizada para atividades ilícitas. Durante uma operação de policiamento do espaço aéreo, a aeronave suspeita foi detectada sem ter um plano de voo e a defesa aérea foi acionada. A aeronave foi interceptada e acompanhada em voo.
O programador Luiz Fernando Puretz, 25, é o autor do vídeo. Ele estava na chácara de sua mãe lavando o carro quando às 14h30 ouviu o barulho. "Eram tiros de três rajadas cada, foram quatro desses. Corri para pegar a câmera e consegui filmar só uma dessas rajadas", afirmou. Segundo Puretz, o local é calmo e o estrondo causou estranheza nos moradores.
Mais à tarde, foram encontradas seis cápsulas de balas não identificadas nos arredores do local da filmagem. Luiz Puretz fotografou os objetos. "O pessoal trouxe as cápsulas aqui em casa. Duas estão comigo e as outras estão com outros moradores", disse o rapaz. Segundo ele, um policial militar verificou os objetos e também não soube identificar de onde eles vinham.
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