06/10/2015 - 15h49
Pagamento de propina ocorre mesmo sem superfaturamento, diz empresário
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Não é necessário que haja superfaturamento da obra para que uma empresa possa pagar propina. A afirmação foi feita há pouco pelo ex-presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, que depõe neste momento na CPI do BNDES, que apura supostas irregularidades em concessões de empréstimos feitos pelo banco.
Segundo ele, é comum que o suborno seja incluído no custo da empresa, sem afetar a margem de lucro ou exigir que a obra seja superfaturada. A declaração dada após questionamentos do deputado Carlos Melles (DEM-MG) sobre o pagamento de propinas a partidos políticos.
Avancini confirmou mais cedo, na CPI, que a Camargo Corrêa pagava 1% da sua parcela no contrato de construção da Usina de Belo Monte para partidos políticos. Isso dava cerca de R$ 20 milhões. Ele citou apenas o PMDB como sigla que teria recebido o suborno.
Esta informação faz parte do acordo de delação premiada que ele assinou com o Ministério Público Federal dentro da denúncia que apura propinas na Petrobras (Operação Lava Jato). Avancini também confirmou que a Camargo pagou R$ 110 milhões para diretores da Petrobras, informação que ele já havia prestado à CPI da Petrobras da Câmara dos Deputados.
A reunião da CPI prossegue no plenário 9.
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