quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Aviões e helicópteros russos participam de bombardeios na Síria




Moscou, 1 out (EFE).- Mais de 50 aviões e helicópteros da Rússia participam de bombardeios contra as posições do Estado Islâmico (EI) na Síria, informou nesta quinta-feira o Ministério da Defesa russo.

"A esquadrilha aérea foi desdobrada em um curto prazo. Fomos capazes de fazê-lo porque os principais equipamentos, materiais e munição já estavam em nosso centro de manutenção de Tartus", porto do Mar Mediterrâneo, confirmou Igor Konashenkov, porta-voz militar russo.

Ontem a aviação russa efetuou 12 "ataques precisos", oito diurnos e quatro noturnos, contra centros de comando e arsenais dos jihadistas em regiões montanhosas do país árabe.

"Podemos confirmar a completa destruição pelos Su-24M do centro de comando dos guerrilheiros do Estado Islâmico na região de Al Latamna", não longe da cidade de Hama, disse o general russo.

Nas imagens mostradas à imprensa é possível ver um projétil russo destruir um edifício de concreto onde ficava um centro de comando do EI e matar todos os terroristas que estavam ali dentro e nas imediações.

Também foi destruído um centro de controle e um armazém de munição jihadista perto da cidade de Telbise, na província de Homs, que foi alcançado totalmente pelas bombas russas.

Nos mais de 20 voos, os aviões também destruíram uma fábrica de projéteis que os terroristas tinham construído em um túnel ao sul de Al Rastan, cidade situada entre Homs e Hama.

Participaram dos ataques os caças (Sukhoi) Seu-25 e Su-24, aviões que foram recauchutados e estão equipados com os mais modernos sistemas de disparo.

A Rússia ainda anunciou que posicionou um batalhão de infantaria da marinha para proteger a base aérea onde ficam os aviões russos, na região de Latakia, e o porto de Tartus.

"Para a proteção e a defesa da base foi mobilizado um batalhão tático de infantaria da marinha com equipes de reforço. As autoridades locais ajudam a manter a base com frutas e verduras", acrescentou.

Konashenkov insistiu que a Rússia não planeja enviar tropas de terra para combater os jihadistas no país árabe.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu a legitimidade da intervenção russa na Síria, por ter sido solicitada pelo próprio líder sírio, Bashar al Assad, e antecipou que ela se prolongará enquanto durar a "ofensiva" do exército sírio contra seus inimigos.

Segundo o Ministério de Defesa russo, seus alvos são "armamento pesado, redes de comunicação, meios de transporte e arsenais de armas, munição e materiais explosivos que pertencem aos terroristas do EI".

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