Em discurso longo, durante reunião do PT, Lula disse que prevê "três anos de pancadaria" antes das eleições de 2018
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (29) que as suspeitas de corrupção envolvendo seus parentes no esquema investigado pela operação Zelotes, da Polícia Federal, não passam de adversidades, comparadas a tantas outras que ele precisou enfrentar ao longo de sua vida, e que tem o objetivo de atrapalhar a possibilidade de sua candidatura em 2018.
Ao discursar durante a reunião nacional do Diretório Nacional do PT, Lula disse: “Tenham certeza de que eu vou sobreviver”, disse Lula. “Se o objetivo é truncar qualquer perspectiva de futuro, vão ser três anos de muita pancadaria. Podem ter certeza de que eu vou sobreviver.”
As investigações têm como alvo as suspeitas de fraudes em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda. A Polícia Federal suspeita da existência de um esquema de comercialização de medidas provisórias que determinaram, durante o governo de Lula, incentivos fiscais a favor de empresas do setor de automóveis.
Buscas foram feitas pela PF em endereços onde funcionam três empresas de Luís Claudio Lula da Silva, filho do ex-presidente, que teria recebido, 2014, R$ 1,5 milhão do escritório Marcondes e Mautoni, pela aprovação da MP 471, que beneficiou o setor automotivo.
Além disso, no âmbito da Operação Lava Jato, o delator Fernando Baiano, que seria o operador do PMDB, teria relatado o pagamento de R$ 2 milhões ao pecuarista José Carlos Bumlai, que teria dito que o dinheiro era para uma nora do ex-presidente.
Lula chegou a ironizar o episódio durante a reunião do PT. “Isso tem me causado problemas. Tenho quatro noras e elas ficam se perguntando quem é que está rica aqui na família. Quem é que vai ter que repatriar dinheiro?” disse Lula. “Ninguém precisa ficar com pena. Se tem algo que aprendi na vida, é enfrentar adversidade”, enfatizou.
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