terça-feira, 27 de outubro de 2015

Manaus (AM), capital da moto no Brasil, faz uma unidade a cada 26 s

Produção de motos da Honda, em Manaus (AM): duas unidades por minuto em 2014

Produção de motos da Honda, em Manaus (AM): duas unidades por minuto em 2014

Manaus, capital do Amazonas, é uma cidade desconhecida para a maioria dos brasileiros. Distante 3.490 km de Brasília (DF), ela está encravada na floresta amazônica e cercada por rios, árvores e animais silvestres.

Porém, quem já teve a oportunidade de visitar a região, viu muito mais que isso. A cidade é uma metrópole agitada, com mais de dois milhões de habitantes, e uma inimaginável produção de motocicletas.

Algumas empresas instaladas em Manaus se misturam às atrações turísticas. Um exemplo é a fábrica da Kawasaki, que fica às margens do famoso "Encontro das Águas" (Rios Negro e Solimões). A marca japonesa é apenas uma das muitas que fincaram os pés na capital amazonense: Honda, Yamaha, Suzuki, Dafra, Harley-Davidson, Traxx e muitas outras também formam a "capital brasileira da moto".

Linha de produção da Honda é agitada: trata-se da maior fábrica da marca no mundo


Desde os anos 1970

Instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) também estão marcas veteranas de nosso mercado, como Honda e Yamaha, que têm mais de 40 anos de atuação no Brasil. Outras são mais novas, como a inglesa Triumph, que iniciou suas atividades em outubro de 2012.

A Honda, que detém 80% do mercado brasileiro de motocicletas, emprega cerca de 8.000 funcionários diretos e tem capacidade para produzir até dois milhões de motos/ano -- é a maior fábrica da marca em todo o mundo. Em 2014, por exemplo, a produção da empresa somou 1,239 milhão de unidades. É um número impressionante: a cada 26 segundos, uma CG sai da linha de produção.

Marca britânica Triumph entrou em operação em Manaus (AM) em outubro de 2012


Atividade fundamental

Os fabricantes do PIM produziram mais de 1,5 milhão de motos em 2014. O número representa queda 30% se comparado a 2008, quando a produção foi recorde e atingiu 2,140 milhão/ano.

Apesar do mau momento vivido pelo mercado, a atividade é fundamental para a economia do país e para a região -- o PIM tem como principal força a produção de veículos de duas rodas, eletroeletrônicos, produtos ópticos e de informática e a indústria química. Em 2014, seu faturamento acumulou cerca de R$ 87,3 bilhões. Em 2015, espera-se uma queda.

Na avaliação do superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), Gustavo Igrejas, os representantes do setor industrial avaliam que a partir de março de 2016 a atividade econômica da região deverá iniciar sua recuperação. Para o executivo, a capacidade instalada do setor industrial, que já fez investimentos, está preparada para responder prontamente quando o aumento da demanda reiniciar.

Polo Industrial de Manaus (PIM): faturamento de cerca de R$ 87,3 bilhões em 2014





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