Enquanto o atentado de Paris pode ter resolvido a edição da revista Época que deu o massacre terrorista na capa, a revista Veja tentou manter-se fiel aos seus leitores. A capa da mais importante – por enquanto – revista semanal brasileira faz duas chamadas de matérias políticas.
Na verdade, a matéria mais importante está no canto à esquerda, um mix de política com crônica policial, algo que ficou muito comum no Brasil depois que o PT subiu a rampa do Palácio do Planalto de onde não quer sair nem a pau.
O foco da reportagem dirige-se para o Estado de Minas Gerais, outrora um reduto dividido por Aécio Neves e a turma do Lula. A última pesquisa realizada pelo Instituto Paraná, aponta que os mineiros em esmagadora maioria não querem mais nem ouvir falar de PT. O diabo é que votaram no ex-terrorista Fernando Pimentel (nem tão ex assim, né?) e o preço que Minas Gerais está pagando por essa guinada bolivariana (eufemismo que designa comunismo) está custando caro.
O que Veja descobriu tem alto teor explosivo mas que, por certo, será atenuado pelas mãos que balançam o berço petista, ou seja, um grupo de mega empresários que tem horror do denominado “Estado Moderno” que no Brasil até hoje aparece apenas nos livros de filosofia política, justamente porque designa, grosso modo, a separação absoluta das esferas pública e privada. Esses chupins travestidos de capitalistas fizeram, fazem e farão o diabo para manter incólume o esquema do Foro de São Paulo. É que o totalitarismo comunista possibilita a esses ratos do erário continuarem metendo a mão nos cofres públicos já que o modelo de Estado comunista elimina essa separação dos entes público e privado. Em resumo, fica tudo junto e misturado, compreendem?
Entretanto, o que a polícia descobriu nas Alterosas versa sobre caixa dois que envolve Pimentel e chega à campanha da Dilma. Aliás, tudo aponta para a campanha de Dilma e também de Lula, segundo as investigações da Polícia Federal e dos Procuradores Federais, com destaque para as operações Lava Jato e Zelotes. Tudo isso nos leva a intuir que na próxima semana o caldeirão de escândalos que tem como tempero propinas, caixa dois, cartões corporativos, BNDES, Carf, dentre outras maracutaias similares, deverá ferver em algo grau, apesar da Rede Globo e da Folha de S. Paulo e demais rebarbas da grande mídia tentarem jogar água na fervura.
Já a reportagem de destaque da capa de Veja revela um tal de ‘Plano Temer’ (a sigla poderia ser PT?) que prevê a derrubada da Dilma no início do próximo ano, quem sabe na quarta-feira de cinzas, quando o povaréu deste país de ressaca carnavalesca e bolsos vazios experimente o gosto do inferno e parta para o tudo ou nada. Neste caso, o PMDB de Michel Temer já teria definido o plano B.
Transcrevo um aperitivo do ‘Plano Temer’ que está na edição de Veja que chega às bancas meio magrela depois que o passaralho deu uma revoada em sua redação e fez um estrago danado. Leiam:
Na verdade, a matéria mais importante está no canto à esquerda, um mix de política com crônica policial, algo que ficou muito comum no Brasil depois que o PT subiu a rampa do Palácio do Planalto de onde não quer sair nem a pau.
O foco da reportagem dirige-se para o Estado de Minas Gerais, outrora um reduto dividido por Aécio Neves e a turma do Lula. A última pesquisa realizada pelo Instituto Paraná, aponta que os mineiros em esmagadora maioria não querem mais nem ouvir falar de PT. O diabo é que votaram no ex-terrorista Fernando Pimentel (nem tão ex assim, né?) e o preço que Minas Gerais está pagando por essa guinada bolivariana (eufemismo que designa comunismo) está custando caro.
O que Veja descobriu tem alto teor explosivo mas que, por certo, será atenuado pelas mãos que balançam o berço petista, ou seja, um grupo de mega empresários que tem horror do denominado “Estado Moderno” que no Brasil até hoje aparece apenas nos livros de filosofia política, justamente porque designa, grosso modo, a separação absoluta das esferas pública e privada. Esses chupins travestidos de capitalistas fizeram, fazem e farão o diabo para manter incólume o esquema do Foro de São Paulo. É que o totalitarismo comunista possibilita a esses ratos do erário continuarem metendo a mão nos cofres públicos já que o modelo de Estado comunista elimina essa separação dos entes público e privado. Em resumo, fica tudo junto e misturado, compreendem?
Entretanto, o que a polícia descobriu nas Alterosas versa sobre caixa dois que envolve Pimentel e chega à campanha da Dilma. Aliás, tudo aponta para a campanha de Dilma e também de Lula, segundo as investigações da Polícia Federal e dos Procuradores Federais, com destaque para as operações Lava Jato e Zelotes. Tudo isso nos leva a intuir que na próxima semana o caldeirão de escândalos que tem como tempero propinas, caixa dois, cartões corporativos, BNDES, Carf, dentre outras maracutaias similares, deverá ferver em algo grau, apesar da Rede Globo e da Folha de S. Paulo e demais rebarbas da grande mídia tentarem jogar água na fervura.
Já a reportagem de destaque da capa de Veja revela um tal de ‘Plano Temer’ (a sigla poderia ser PT?) que prevê a derrubada da Dilma no início do próximo ano, quem sabe na quarta-feira de cinzas, quando o povaréu deste país de ressaca carnavalesca e bolsos vazios experimente o gosto do inferno e parta para o tudo ou nada. Neste caso, o PMDB de Michel Temer já teria definido o plano B.
Transcrevo um aperitivo do ‘Plano Temer’ que está na edição de Veja que chega às bancas meio magrela depois que o passaralho deu uma revoada em sua redação e fez um estrago danado. Leiam:
Segundo a revista Veja, Michel Temer tem propostas para tirar a economia da UTI e articula reservadamente com o PIB.Foto: Veja. |
O PLANO TEMER
“Vá buscar o funcionário a quem compete me substituir.” Essa foi a ordem de Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente da República, em 1891, mandando avisar a seu vice e desafeto, Floriano Peixoto, que o cargo estava vago. Desde o nascimento da República, em momentos de impasse, vices se ergueram do segundo plano para assumir o poder. Em 1909, Nilo Peçanha assumiu depois da morte do presidente Affonso Penna. Delfim Moreira, oitavo vice-presidente, tornou-se o terceiro a assumir a Presidência, pelo falecimento de Rodrigues Alves, vítima da gripe espanhola. Café Filho, pela morte de Getúlio Vargas, a caminho do impeachment. Jango, pela renúncia de Jânio Quadros. A Junta Militar, pela doença do general Costa e Silva. José Sarney, pela morte de Tancredo Neves, e Itamar Franco, pelo impeachment de Fernando Collor.
Agora, Michel Temer, pelo sim, pelo não, decidiu se preparar para a possibilidade, cada dia mais real, de Dilma Rousseff ser afastada do poder. Em trinta anos de carreira política, Temer se portou sempre com discrição, evitou polêmicas e mediu cuidadosamente cada palavra dita, a fim de se equilibrar entre interesses diversos e muitas vezes contraditórios.
Aos olhos do público, tornou-se o retrato do político sem sal. Nos bastidores, no entanto, consolidou-se como um especialista na arte de trabalhar em silêncio, costurar acordos de coxia e escalar degraus na hierarquia do poder. Mesmo sem despertar paixões, Temer conquistou três vezes a presidência da Câmara dos Deputados e elegeu-se duas vezes vice-presidente da República. Mesmo sem brilhar nas urnas, prepara-se agora para o maior desafio de sua trajetória. Temer e caciques do PMDB, partido que ele preside, estão certos de que Dilma Rousseff será cassada no começo do próximo ano. Em vez de ajudá-la, querem substituí-la. E o plano, ousado, vai muito além da simples intenção. Eles já têm em mãos uma tese jurídica para garantir a posse do vice, uma proposta destinada a tirar a economia da UTI e até alianças fechadas no Congresso.
A presidente Dilma Rousseff, como se sabe, enfrenta um momento inédito de fragilidade. Não tem apoio popular nem parlamentar, lida com um cenário de recessão e inflação e está ameaçada pela possibilidade de abertura do processo de impeachment. Além disso, corre o risco de ter o mandato cassado pela Justiça Eleitoral, caso seja acolhida a denúncia de que abusou de poder político e econômico, incluindo dinheiro sujo do petrolão, para se reeleger. É justamente na frente aberta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que Temer e o PMDB apostam para assumir o governo. As ações na corte têm a chapa Dilma e Temer como alvo.
A estratégia do peemedebista é separar a análise das contas de campanha da presidente da análise das contas de campanha do vice. A meta é imputar os crimes cometidos apenas à mandatária, excluindo o vice de eventual punição, o que lhe daria o direito de ascender ao cargo de presidente. Especialista em direito constitucional, Temer elaborou de próprio punho um parecer preliminar que, em sua avaliação, permite ao TSE desvincular as duas contas. O texto já foi apresentado a ministros de tribunais superiores, juristas renomados e especialistas em direito eleitoral. A receptividade animou Temer.
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