quinta-feira, 12 de novembro de 2015

SÃO PAULO- São Paulo abriga evento literário e oferece livros para educadores



1º Encontro Mundial de Invenção Literária terá mais de 120 escritores de quatro continentes em 200 horas de programação, espalhadas em 32 locais. Professores ganharão voucher para compra de obras.


A cidade de São Paulo sediará até o próximo domingo (15) o 1º Encontro Mundial da Intervenção Literária (Emil), que reunirá mais de 120 escritores de quatro continentes em mais de 200 horas de programação, que serão realizadas simultaneamente em 32 locais da capital paulista, como livrarias, bibliotecas públicas e teatros. O evento foi aberto na noite desta quarta-feira (11), com um Diálogo Literário entre a escritora Ruth Rocha e o cartunista Mauricio de Sousa, que aconteceu no Museu da Língua Portuguesa, na Luz.

“Óbvio que temos um Museu da Língua Portuguesa, o que já é em si um acontecimento, mas ter uma semana literária na cidade de São Paulo, nos moldes em que ela se dá em outras cidades menores, é uma peça de engrenagem importante. Parar uma semana para pensar literatura em São Paulo, convidar pessoas de todo o mundo e de todo o Brasil para virem a São Paulo mostrar seu trabalho, debater a invenção e inovação literária, sobretudo, com a finalidade de criar um público apreciador da literatura”, afirmou o prefeito Fernando Haddad.

Para o evento, que é organizado pela Academia Paulista de Letras (APL), Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Associação Nacional de Livrarias (ANL), com apoio da Prefeitura, a Secretaria Municipal da Educação oferecerá um voucher para 80 mil educadores da rede municipal. No valor de R$ 50, o voucher também oferecerá descontos com preços especiais para que os professores escolham os títulos que quiserem. A iniciativa tem como objetivo incentivar a leitura entre os profissionais da educação e potencializar a criação de uma cultura literária nos próprios alunos. Os vouchers tem validade até 31 de dezembro.

“É preciso valorizar o professor, aquele que professa a missão de educar, e daí veio a ideia de dar um voucher, um valor para que o professor pudesse comprar um livro durante o Emil ou no mês todo, e as livrarias dando desconto para esses professores, tratando-o bem para que ele queira voltar muitas vezes”, disse o secretário municipal da Educação e presidente da APL, Gabriel Chalita.

“Esse encontro, além de aproximar o escritor do público-leitor, fortalece os vínculos do nosso magistério e dos nossos professores com a literatura, oferecendo um voucher que todos vão ganhar, para poder comprar livros e compor sua biblioteca pessoal, o que é muito importante para o professor”, disse o prefeito

Entre os destaques da programação, que está disponível na íntegra no site do 1º Emil, estão as presenças do Prêmio Nobel de Literatura de 1986, o nigeriano Wole Soyinka, considerado o dramaturgo mais notável da África; e o londrino Taran Matharu, autor do livro “O aprendiz”. O mexicano Julián Herbert, autor de “Cantiga de Findar”, o guatemalteco Eduardo Halfon, de “O Boxeador Polaco”, o uruguaio Felipe Polleri, que escreveu “A Alma do Mundo”, e o argentino radicado em Barcelona Rodrigo Fresán, de “O Fundo do Céu”, também estarão no 1º Emil. 

Além deles, também estarão presentes nomes como o angolano José Eduardo Agualusa, autor de “Nação Crioula” e “Teoria Geral do Esquecimento”, e figuras nacionais como Andrea Del Fuego, Alberto Mussa, Laerte, Bernardo Kucinski, André Vianco e Cristovão Tezza. 

“Esse evento se insere em um conjunto de eventos que colocam vida à literatura, o debate sobre os livros em um plano que, realmente, está cada vez mais ampliado. Certamente, o Emil não será apenas a primeira, serão várias e se transformará certamente em um dos maiores eventos literários do país”, disse o secretário municipal da Cultura, Nabil Bonduki.

“O ideal do Emil é fazer com que a leitura seja a grande plataforma de transformação do nosso país. Precisamos manter inesgotável o esforço para reverter o baixíssimo e vergonhoso índice de leitura no Brasil”, afirmou o presidente da CBL, Luis Torelli.

“Esse é, de fato, um evento absolutamente plural. Além dos gêneros que atingem vários tipos de leitores, dos mais veteranos aos novos leitores, há uma preocupação importante com o colégio, envolvendo os professores, os agentes e também as crianças. A programação pensou muito na questão do público e por isso, faz sentido que ela esteja espalhada pela cidade”, disse a curadora do Emil, Manoela Leão.











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