quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Um dia após virar réu, Lula diz ver tentativa de "destruir" o PT



Um dia depois de o juiz federal Sergio Moro o transformar em réu por suspeitas de envolvimento no petrolão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ver uma tentativa de "destruir" o PT. 

"Cada eleição é hora de inventar uma história. Eles agora querem acabar com o PT. Eles precisam destruir o PT", disse Lula, ao participar nesta quarta-feira (21) de evento de campanha do PT à Prefeitura de Barbalha, no interior do Ceará.

O petista iniciou hoje um giro por cidades do Nordeste em apoio a candidatos do PT e partidos aliados.

Lula ligou a suposta ofensiva contra o partido à possibilidade de ele sair candidato a presidente em 2018. "Além de afastar Dilma, eles sabiam que tinham que cuidar do Lula: se esse Lula se mete a ser candidato de novo, vai ser ruim pra nós", disse.

O ex-presidente não foi preciso ao indicar de quem partiria a tentativa de destruir o partido, mas fez críticas à imprensa. "Vou contar uma história a vocês: em 2002, quando fui eleito presidente da República, o PT tinha 12% de preferência nacional, em 2011, o PT tinha 34%. Eu acho que aí começou a tentativa de nos destruir, porque nunca na história do Brasil um partido conseguiu ter, estando no governo, conseguiu ter esse apoio", disse.

"Desde 2005 que esse partido apanha, apanha, apanha, de uma imprensa nojenta, mentirosa. A história vai julgar cada um de nós. A história não acontece no mesmo dia", afirmou Lula.

Sobre as acusações feitas na denúncia apresentada pelo MPF (Ministério Público Federal) ao juiz Moro, Lula voltou a defender de forma enfática sua inocência.

"E eu olho na cara de cada um e digo: se acharem um real na minha vida, que não for meu, eu não serei mais nada nessa vida", afirmou."Talvez o meu crime tenha sido criar o Bolsa Família, ou de ter colocado o filho do pobre no banco da universidade", disse Lula.

Os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato denunciaram Lula e mais sete pessoas por suspeitas de envolvimento no pagamento de vantagens indevidas ao ex-presidente por meio da reforma de um apartamento no Guarujá e de um contrato para armazenar presentes recebidos por Lula durante seus dois mandatos.


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