quinta-feira, 30 de junho de 2016

Dilma diz que Cunha ameaça Temer “em todos os sentidos”

                                          Entrevista a Presidente: parte 1


                                          Entrevista a Presidente: parte 2


 

A presidente afastada, Dilma Rousseff, diz que Eduardo Cunha é uma ameaça “integral” e “em todos os sentidos” a Michel Temer. Ela criticou o encontro entre o presidente interino e o presidente afastado da Câmara, que ocorreu no domingo à noite no Palácio do Jaburu.
Dilma afirmou que acredita ter votos para barrar o impeachment e que, primeiro, tentará evitar a deposição definitiva no Senado. No entanto, se perder, recorrerá ao STF (Supremo Tribunal Federal) para fazer um questionamento de mérito _ se cometeu ou não crime de responsabilidade.
Segundo ela, o Supremo só se manifestou até agora sobre o rito, apesar de ministros do tribunal já terem dado sinais de que pretendem deixar o exame do mérito a cargo dos senadores.
Na avaliação da presidente afastada, se o Supremo tivesse afastado Cunha da presidência da Câmara antes de 17 de abril, “seria muito mais difícil” aprovar o pedido de abertura de processo de impeachment.
Dilma declarou que o Congresso está usando o impeachment como se a administração dela “fosse um governo parlamentarista”. Ela entende que isso é errado no presidencialismo de coalizão. Ela resiste a fazer autocrítica específica. Admite que cometeu erros e diz que não faria um governo de coalizão, considerando ser possível governar assim.
Em relação a um plebiscito para indagar ao eleitorado se a sucessão presidencial de 2018 deveria ser antecipada, Dilma afirma que só encampará a ideia se 27 senadores apresentarem um projeto nesse sentido.
A presidente afirmou que Temer age com “absoluta irresponsabilidade fiscal” ao conceder reajustes salariais ao funcionalismo público. E criticou o juiz federal Sérgio Moro. Viu abuso dele na divulgação do áudio da conversa dela com o ex-presidente Lula. “Ele [Moro] cometeu uma grande irregularidade.”
Dilma afirmou que se sente “mãe” dos Jogos Olímpicos e que gostaria de ser convidada para a cerimônia de abertura. Afirma que Lula é o “pai” dos jogos. Segundo ela, Temer deveria convidar Lula a abertura.
Para Dilma, a decisão do ministro Dias Toffoli de revogar a prisão preventiva do ex-ministro Paulo Bernardo foi “muito prudente” e “firme”.
A entrevista ao SBT foi concedida na tarde desta quarta-feira, no Palácio da Alvorada. Abaixo, seguem dois vídeos com a entrevista completa. Depois, vem a íntegra íntegra por escrito.

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